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ainda sem palavras.

hoje foi um dia atípico – assim como vai ser esse post. estou chorando sem conseguir parar por algum tempo e eu não sei ao certo se é aquele choro de tristeza ou é por amar demais. sabe aquele momento em que você vê de longe o seu maior sonho se realizando e não sabe ao certo o que fazer e sentir? começa mais ou menos assim.

me lembro como se fosse ontem do dia em que eu voltei de NY aos 16 anos. era minha primeira viagem internacional e eu me senti como se houvesse conhecido o mundo. no avião de volta eu chorei ao notar que demoraria tempo demais para voltar ao “mundo” e alcançar o que desejaria  – já que eu nem sabia ao certo o que queria. bem, dos 16 aos 24 muita coisa mudou e, graças a um curso exato na área em que sempre sonhei, vim parar, aos 25, aonde sonhava. não era NY, mas o lugar e a hora perfeitos para o momento da minha vida. Milão me recebeu de braços abertos como nenhum lugar do mundo havia jamais me recebido. na minha vida entraram pessoas tão únicas e especiais que nunca imaginei que pudesse conhecer e que se tornariam tão essenciais nesse ano. visitei lugares, conheci culturas, explorei mundos e desbravei pessoas – aliás, desbravei a mim mesma. não sou nem perto a mesma Débora que cheguei no dia 21 de Novembro de 2012.

hoje foi um dia atípico. foi hoje em que fechei uma das etapas mais únicas, especiais e de maior crescimento pessoal da minha vida. aprendi a perdoar, a seguir em frente, a controlar meus ânimos, a ser profissional, a lidar com pessoas de todo o mundo e, principalmente, a ser eu mesma, indepentente do que aconteça. aliás, aprendi a ser feliz assim, pois essa é a minha essencia e dela eu não posso fugir.

eu gostaria de agradecer principalmente a minha família que me apoiou desde quando comecei a sonhar e nunca cortaram as minhas asas para ir longe; ao pavor, que sempre sonhou tão longe quanto a mim mesma; ao guetho que sempre esteve ao meu lado, independente das nossas diferenças; aos amigos da letras que sempre souberam que meu canto tava bem longe da fale; aos amigos da faculdade de design que sempre me apoiaram nas viagens mais aleatórias; e, finalmente, aos amigos que reconheci durante esse ano: nossos caminhos estavam traçados desde o início e é incrívelmente especial saber o quanto vocês fizeram parte desse momento, mesmo nos mais minuciosos detalhes.

eu ainda não sei como vou viver sem essa cidade e essas pessoas.

só o tempo vai dizer.

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nova temporada;

hora de colocar os pés para cima, ligar um rock em alto e bom som, balançar a cabeça e bater o pé acompanhando o ritmo e deixar a imaginação fluir. a caneta na mão é para escrever uma lista longa e atemporal de tudo que foi deixado para depois nos últimos meses. o depois é já! prioridades são prioridades. e quando você vê que a sua principal meta do momento já foi alcançada: o que vem agora? próximo capítulo.

lembro-me de ter descrito – aqui, no meu caderno ou em algum pedaço de papel perdido na bagunça do meu quarto – as cenas finais de mais uma temporada, com todos os seus clichês bem executados: casamentos, términos, algumas repostas esclarecidas, outras adiadas para a próxima temporada, a iluminação diminuindo, a frase de efeito, os créditos… e ai, só daqui a alguns meses para tudo começar denovo. haja coração e ansiedade, não é?

pois é: tenho encontrado uma singela e educada relação dos capítulos da vida com esses seriados. é sério! uma sucessão de eventos, respostas sem perguntas e questões “irrespondíveis”, aquele abraço de meia hora, aquele sorriso acompanhado de um “hasta la vista, beibe”, uma música no fundo que torna tudo um pouco mais especial, aquela festa em que tudo acontece e você acorda no dia seguinte sem se lembrar de nada, aquele porre bem dado, aquela briga que, de tão complexa e sem solução se resolve com um beijo na testa, aqueles encontros cheios de cerveja, tranquilidade e churrasquinhos… e esses fins de tarde tão bonitos e coloridos – coisa do frio e da poluição – que mais parecem camadas artificiais em software’s de design? haja multiply.

então é isso, estou de volta com o blog mais atualizado, cada vez mais. e, para quem não sabe, formei e o próximo capítulo é o fim de temporada em uma colação de grau cheia de emoções, suspiros de alívio e gritos de felicidade. quem quer comemorar?

(bom, para quem não sabe

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“desescrevo(-me)”

Queria ter o poder do desapego. Largar de lado sentimentos, fotografias, lembranças, roupas e, até mesmo, pessoas. Aquela sensação de deixar ir tudo aquilo que já foi e não é mais. Se tem uma coisa que eu aprendi uma vez, é que as coisas só fazem sentido quando há uma junção de uma lista de fatores únicos como lugar, hora, mês, clima, olhar, espaço (…). É como aquele momento único de encontro dos astros que acontece uma vez a cada século. É que nem o big bang em que o acaso se torna o caso para se contar nos livros de história. Posso acreditar, inclusive, que a música influencia praticamente em quase todos os nossos momentos de vida, até mesmo quando ela não está presente. Sabe aquele momento no cinema em que sorrimos em silêncio por termos conseguido entender toda a trama de um filme e olhamos para o lado para ver se mais alguém pescou a história pelas minuciosas dicas (intencionalmente) deixadas pelo diretor? É mais ou menos isso.

Mas como eu estava dizendo, queria ter o controle para me desapegar de tudo que a junção de vários elementos ocasionais fez o favor de colocar no meu caminho. Aquele urso velho sem um olho que meu avô me deu e que só junta poeira e ácaros, uma fotografia guardada em baixo da pilha de revistas, um número de telefone que apagamos da agenda mas não conseguimos esquecer, uma promessa desfeita, uma pisada no calo na hora errada e, até mesmo, aquele gosto de feijoada de quem se foi e não volta mais.

Por outro lado, acho que o karma que recebi foi o de me apegar a tudo que passasse pela minha frente e flertasse com o meu desejo. Eis que me perco no medo de, simplesmente, perder. E o meu rumo, aonde é que fica? Perde o ritmo e o sentido. Para quê escrever se, minutos depois, vou preferir nunca tê-lo pensando? Desescrevo-me.

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“but you, you just know, you just do”

“Watch things on vcrs, with me and talk about big love
I think we’re superstars, you say you think we are the best thing”

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young me / now me

Fiquei inspirada para tirar a minha. Mas enquando isso não acontece, me divirto com os outros. LINK

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